terça-feira, 22 de março de 2011



Lições de Filosofia Primeira -  
O Diabo da Ciência


"O Diabo só pode se tornar independente de Deus por meio de um ato de destruição"

Karl-Otto Apel



Fonte: Ecce Medicus)


Bom, o tema nos sugere então o problemático impasse de sempre: ciência e religião.
Esta semana, em um clima de tensão animada li umas reportagens interessantes sobre o tema que me fizeram pensar um pouco mais a respeito.


Achei perdido no Google por acaso um livro aparentemente interessante com o nome de guerra de "Lições de Filosofia Primeira" do José Arhur Giannotti. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas pelo que a sinopse revela, são mostradas idéias com uma nova forma de introdução do pensamento filosófico e reflexão metafísica. 


Para isso, o autor concentrou-se nos momentos que conduziram à grande crise do século XX, quando pensadores como Heidegger e Wittgenstein solaparam as bases do discurso filosófico tradicional. Dividido em duas partes, dedicadas respectivamente aos pensadores clássicos e contemporâneos, o livro percorre as principais questões da metafísica desde Platão e Aristóteles, visando proporcionar a estudantes e especialistas um guia para a prática e o ensino da filosofia. 


Há rumores de que ele defende que "num mundo em que as coisas e as pessoas se tornam descartáveis, a filosofia e o filósofo também se tornam dispensáveis". No mínimo um pensamento interessante.


Achei um site quase santo, que dá pra ler trechos do conteúdo do livro online:
http://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13081.pdf


Por outro lado, o carinha que é citado lá em cima Karl-Otto Apel, move ofensivas contra vários pensadores atuais acusando-os de ceticistmo desenfreado. E diz o seguinte:
" [...] a comunidade dos sujeitos argumentadores não é idêntica à comunidade dos especialistas, embora esta a pressuponha. No a priori da argumentação reside a pretensão de justificar não apenas todas as 'asserções' da ciência mas, além disso, todas as pretensões humanas - inclusive as pretensões implícitas dos homens em relação a outros homens que estão contidas nas ações e instituições. Aquele que argumenta reconhece implicitamente todas aquelas pretensões possíveis de todos os membros da comunidade de comunicação que podem ser justificadas por meio de argumentos razoáveis - na falta disso, a pretensão da argumentação se limitaria tematicamente a ela própria[...]"


Então, na minha humilde opinião, descartar a filosofia ou os filósofos é um ato meio que 'abestado'. E ainda, descartar a ciência que como todos sabemos é um ramo da filosofia é um negócio mais doido ainda. É o mesmo que um mero mortal como eu e você tentasse matar o diabo, sendo que ele faz parte do jogo.





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